CONCURSO SEDE DO CREA-PR - CURITIBA - 2009


O PARTIDO
A proposta para Sede do CREA de Curitiba partiu de uma tríade de intenções:
- Estipular um elemento arquitetônico que privilegie as condicionantes ambientais e a maior eficiência energética do conjunto;
- Constituir um espaço flexível, que permita diferentes formas de utilização, porém, com claras divisões hierárquicas no sistema de uso interno;
- Contribuir para o caráter verde e inovador latente da cidade de Curitiba;
A correta relação entre as principais exigências do programa de necessidade, a centralidade dos elementos do plenário e a importância de uma divisão entre as Sedes do CREA e a Regional de Curitiba São as principais diretrizes do projeto, que prioriza a relação edifício - via pública. Assim, revela-se o interior da edificação à cidade, evidenciando a vocação cívica do terreno
A rua, juntamente com o saguão, restaurante e praça elevada são os elementos estruturadores da proposta, assumindo um papel organizacional do usuário no interior da edificação, explorando todos os espaços de uso público previstos.
A IMPLANTAÇÃO
As idéias de sustentabilidade motivaram os primeiros lançamentos da proposta. Pelas características do terreno, ficou evidente que a forma longitudinal era a mais adequada para o aproveitamento das condicionantes naturais do entorno. A melhor insolação, em uma cidade com as condições climáticas como Curitiba faz-se obrigatório em uma proposta que vise a diminuição de emissão de efluentes e um menor consumo de energia. Locar o edifício o mais próximo do limite sul do terreno implica em abrir a proposta para o quadrante norte.
Essa forma foi analisada como a mais eficiente tanto para a disposição dos elementos internos no zoneamento do programa de necessidades quanto para o próprio sombreamento no terreno. Assim, o edifício se abre para a melhor insolação e permite que se tenha áreas verdes abertas fora da projeção de sombras do conjunto. A ocupação longitudinal também é a melhor maneira de trabalhar em um terreno como o proposto, porque permite que se tenha de uma forma simples e racional a divisão das funções internas.
O projeto foi pensado como dois corpos distintos, devido aos usos contíguos exigidos no programa. Desta feita, dois elementos se erguem conectados e coroados por elementos verdes.
Os espaços destinados às áreas permeáveis foram contemplados pelo terreno natural e por um sistema de controle de cheias, diminuindo o impacto da edificação no ambiente. Esse espaço de controle de cheias foi executado como um espelho d’água, tirando assim partido deste elemento funcional.
O ZONEAMENTO
Quanto ao zoneamento, o projeto é composto por quatro setores:
- subsolos;
- embasamento;
- praça elevada;
- torre de escritórios;
O Subsolo: Composto por dois pavimentos, engloba os estacionamentos públicos no segundo nível e as áreas de serviços internos da sede, pontos de carga-descarga e estacionamentos da frota no primeiro nível.
O Embasamento: Divide-se em dois pavimentos, acumulando os setores de plenário e atendimentos externos da Sede. São as principais áreas e concentram o maior acúmulo de público. Por isso, e por comporem a área de maior necessidade de espaço exigida, foram locados nas áreas próximas da via pública, com maior integração com o meio externo e, consequentemente, com acesso privilegiado
.
No térreo, estende-se de forma sistemática a recepção, centrais de atendimento, sala de videoconferência, todas essas conectadas por um saguão, assumindo função de átrio central. O espaço multiuso, engloba em um mesmo local os usos de plenário, salas auxiliares e sala de eventos. Essa forma é assim sugerida pela mobilidade de usos distintos em um mesmo local, otimizando os espaços e racionalizando seus usos. Acima, o segundo pavimento acolhe as salas de apoio, como a sala de conselheiros sala de estar e reuniões, sala de treinamento e salas da ouvidoria. Nesse setor que está situado o ambiente do restaurante, elemento de ligação entre o embasamento e a praça elevada.
A Praça Elevada: É contemplada pelo conexão do restaurante com a área do embasamento, e um café que faz essa ligação vertical. Constitui um ensolarado e verde pavimento, que permita um uso descompromissado do ambiente, tanto pelos funcionários da Sede ou da Regional, quanto pelos usuários do embasamento. Nesse mesmo pavimento está localizado o primeiro nível da Regional Curitiba, englobando às áreas referentes ao espaço bancário, e as áreas de atendimento, reprografia e recepção .
A Torre de Escritórios: Desenvolve-se acima do nível da praça, sendo divididas em escritórios da Regional e os arquivos de documentos, escritórios da sede e escritório da presidência nos pavimentos quarto, quinto, sexto e sétimo respectivamente. Este corpo vertical se comporta de uma maneira longitudinal, da mesma forma que o restante da edificação, porém configura uma forma delgada, disponibilizando seus usos de escritório de uma forma aberta entre as torres de circulação vertical, compondo assim espaços totalmente flexíveis. Assim, os espaços limitados pelas torres de circulação e as extremidades frontal e traseira do edifício ficam reservados às áreas que requerem maior isolamento. Essa divisão permite um melhor aproveitamento da luz natural na fachada norte, e um melhor isolamento da fachada sul.
Por fim, o espaço do ático, no topo do prédio, fica destinado para uso de convivência dos funcionários, proporcionando assim uma cobertura verde à edificação.
OS ACESSOS
o acesso a edificação se faz, prioritariamente pelo nível térreo, diretamente no nível da rua. os acessos oriundos de veículos e serviços ficam designados aos segundo e primeiro subsolo, respectivamente, e são executados por eledores e escadas.

E ESTRUTURA
A estrutura foi adotada dentro de uma malha de 1.25 x 1.25 metros. Todas divisões espaciais foram executadas dentro dessa modulação, conseguindo dessa forma uma estrutura simples, que em nada interfere o funcionamento interno dos ambientes.
Desta feita, foi adotado uma estrutura convencional em concreto armado, devido a possibilidade de uma maior quantidade de pilares e menor necessidade de esforço da estrutura metálica, que se comporta como uma treliça espacial, com seus fechamentos inferiores executados por lajes alveolares pré-moldadas. Essa estrutura foi adotada de maneira que se permita o uso de peças pré-moldadas, minimizando o desperdício de materiais e acelerando o processo de construção do edifício.
Essa estrutura metálica foi adotada também para obtermos o efeito estético desejado, possibilitando o uso de grandes vãos, deixando o corpo da torre de escritórios praticamente como um pavimento livre, ao mesmo tempo que possibilita grandes balanços nas extremidades da mesma.
A escolha dessa estrutura resulta em uma supraestrutura mais delgada, consequentemente mais leve, que alivia o seu próprio peso específico nas fundações. Para essas fundações, a escolha foi franki, de rápida e boa qualidade na execução, e grande capacidade de carga.
AS TECNOLOGIAS
Pisos elevados e shafts otimizam as distribuições hidráulicas, elétricas e de ar condicionado, possibilitando uma racional distribuição uma rápida e fácil manutenção quando necessário.
Também foram adotadas diferentes tecnologias específicas para uma melhor eficiência energética, no que diz respeito as questões de sistemas de ar condicionado, revestimento, sistemas de automação predial, sistema de iluminação e elementos de coberturas.



1 comentários:

Paulo Ricardo Bregatto disse...

Fala mano velho!!
Como estão as coisas contigo?
Espero que tudo esteja super bem!!
Cara, tu tá projetando super bem!! Parabéns pela qualidade dos teus trabalhos!! Vai em frente!! Super abraço!!

 

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